Lixo Tecnológico
Mais um dos post solicitados para avaliação.
Obrigado a todos que leem meus posts e comentam sobre o que cito ou escrevo.
Considera-se lixo tecnológico (ou e-lixo) todo aquele gerado a partir de aparelhos eletrodomésticos ou eletroeletrônicos e seus componentes, incluindo os acumuladores de energia (baterias e pilhas) e produtos magnetizados, de uso doméstico, industrial, comercial e de serviços, que estejam em desuso e sujeitos à disposição final.
Sinonímia: resíduos de aparelhos eletroeletrônicos (RAEE), sucata de informática, e-waste (em inglês).
Composto por materiais não-biodegradáveis (um monitor leva 300 anos para se decompor) e altamente tóxicos (metais pesados, mercúrio no meio), estes devem ser reciclados com cuidado (somente por empresas especializadas, que são pouquíssimas no Brasil), para não contaminar o meio ambiente. Os métodos usuais de incineração e eliminação descontrolada do lixo eletrônico no Brasil, por conta do elevado grau de toxicidade dos metais pesados, acabam por gerar graves problemas ambientais e de saúde pública. Um típico monitor de PC, pode conter até 25% do seu peso em chumbo. Por isso, alguns estados norte-americanos proíbem o descarte de qualquer lixo eletrônico, principalmente os CRTs (tubos de imagem), nos aterros sanitários.
O QUE FAZER COM ELE
A desmanufatura (ou desmonte) do lixo tecnológico permite recuperar: metais, plásticos, vidros e outros componentes, além de metais preciosos (ouro inclusive) de difícil separação, que exigem alto grau tecnológico de metalurgia. Por outro lado, nessa sucata, são encontrados diversos elementos contaminantes, como fósforo, chumbo, cromo, cádmio e mercúrio (alguns dos chamados “metais pesados”), que requerem tratamento especial.
Existem três opções usuais de descarte para o lixo tecnológico:
1) entregá-lo ao fabricante;
2) vende-lo; ou
3) doá-lo para instituições de caridade, comitês de democratização da informática (CDIs) ou para reciclagem.
formatado e retirado de http://ecoamigos.wordpress.com/2008/10/20/lixo-tecnologico/
- Achei alguns lugares interessantes que aceitam nosso lixo eletrônico:
A USP faz reciclagem de material eletronico.
Veja reportagem sobre o assunto em: Reciclagem de lixo eletrônico na USP aproveita até último parafuso de PCs antigos
Quem tiver interesse em enviar o material para Sampa para reciclagem, entre em contato com eles pelos fones: (11) 3091-6455 ou (11) 3091-6454 – os funcionários respondem às dúvidas dos interessados pelo e-mail cedir.cce@usp.br. A coleta é só para lixo eletrônico de pessoas físicas, não sendo aceitos equipamentos de empresas.
Esta foi indicada por Técnico de Meio Ambiente:
REVERSE - GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS TECNLÓGICOS - FONE: 51 3587 1239
http://www.reversereciclagem.com.br/site/
Descobri várias outras empresas, infelizmente, se eu as postar, estarei fazendo propaganda a empresas que não conheço.
Lixo tecnológico é preocupação ambiental
06 de março de 2007 • 08h28 • atualizado às 09h33 - site terra
É para o interior dos Estados Unidos, em Sacramento, que computadores e impressoras vão para morrer. Lá, caminhões carregados de lixo tecnológico alimentam trituradores que o transforma em pequenos pedaços de aço, alumínio e plástico.
A Ecomicro é uma empresa cuja atividade, a reciclagem, é considerada fundamental num momento em que o destino do chamado "e-lixo", ou lixo eletrônico - computadores, telefones celulares, televisores e outros equipamentos obsoletos - causa preocupação no mundo. COm sede em Bordeaux, na França, a empresa alega ser a única no país que, anualmente, transforma cerca de 1,5 mil toneladas de computadores em componentes separados com o fim de reciclá-los.
O problema maior com o lixo eletrônico é que os equipamentos são vendidos ou enviados principalmente para países em desenvolvimento, nos quais muitas vezes são jogados ou queimados a céu aberto, comprometendo o meio ambiente e a saúde das pessoas que vivem ou trabalham em volta. Na China, 80% das crianças de uma aldeia costeira já apresentam altas taxas de chumbo no sangue, como conseqüência direta da contaminação pelos componentes tóxicos destes PCs velhos.
A questão preocupa a todos. Em novembro do ano passado, delegados de mais de cem países, reunidos no Quênia, discutiram medidas para combater o que chamaram de "crescente ameaça" representado pelo acúmulo de aparelhos obsoletos, principalmente em países da Ásia e África.
Lixo eletrônico toma lugar do arroz em aldeia chinesa
Os moradores de Guiyu, no desenvolvido litoral chinês, abandonaram o cultivo de arroz, que era o meio de subsistência, em prol de um negócio muito mais lucrativo, mas que prejudica sua saúde e o meio ambiente: a reciclagem do lixo eletrônico do resto do mundo. Cerca de 70% dos resíduos eletrônicos do planeta vão para a China. Violando a Convenção de Basiléia, boa parte desses dejetos vem de países desenvolvidos, e tem como destino o porto de Nanhai, na província de Cantão, sudeste do país.
Deste local, uma rede ilegal de importadores transporta os vestígios para a pequena cidade de Guiyu. Entre pilhas de teclados, cabos e placas, homens, mulheres e crianças fundem e destroçam restos de artigos eletrônicos, principalmente computadores, sem qualquer proteção. Com isso, essas pessoas se transformam em presa fácil para as 700 substâncias tóxicas que estão contidas nesses aparelhos.
Com as mãos descobertas, 80% dos 150 mil moradores de Guiyu buscam materiais como cobre, plástico ou aço, que depois serão vendidos aos negociantes de segunda mão. "Muitos emigrantes rurais foram a Guiyu atraídos por salários de US$ 2 ou US$ 3 a hora, muito maiores do que os que ganham no campo. Eles têm que escolher entre ter dinheiro suficiente para viver ou ter saúde", afirmou Jamie Choi, responsável do Greenpeace para a área.
Neste grande despejo da sociedade da informação, mal são utilizadas máscaras, e a ferramenta mais avançada tem forma de broca, acrescentou Choi. Os males para a saúde têm um expoente devastador: 80% das crianças de Guiyu apresentam altos níveis de chumbo no sangue, o que causa danos nos sistemas nervoso e reprodutor, segundo constatou um estudo da Universidade de Shantou.
"As crianças, e em especial os filhos dos emigrantes, fazem os trabalhos mais simples. Ficam 24 horas trabalhando, respirando, em contato com materiais perigosos", afirma Choi. Wu Yuping, da Administração Estadual do Meio Ambiente (Saiba), ressalta que "não é possível encontrar água potável em 50 quilômetros ao redor do local", pois as substâncias tóxicas se acumulam nas beiras do rio e se infiltram no solo.
Em 1994, a Convenção de Basiléia, assinada por quase todos os países desenvolvidos, com exceção dos Estados Unidos, proibiu a exportação de resíduos perigosos dos países ricos aos pobres, incluídos os destinados à reciclagem. Apesar disso, a aplicação das regras da Convenção mostrou muitas falhas. "O Greenpeace viu navios que partem da Holanda rumo à China, carregados de resíduos eletrônicos", afirmou Choi.
Entre os trabalhos rotineiros está o de desmontar placas-mãe em um fogareiro caseiro de carvão, em busca dos cobiçados chips, que contêm ouro. Ou também fundir as carcaças dos computadores para transformar o PVC tóxico em peças que se destinam a objetos que, curiosamente, voltam ao mundo ocidental: as flores de plástico.
Todos os anos, o planeta produz entre 20 e 50 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Segundo a organização, 80% deste lixo tem como destino a Ásia e, desse percentual, 90% chega à China. Embora Guiyu seja o mais conhecido, há outros lixões deste tipo em Longtan, Tali, Cantão e Taizhou (província de Zhejiang).
Apesar de a maioria dos resíduos terem como origem os países ricos, a China produz a cada ano 1,1 milhão de toneladas, número que aumenta junto com o nível de vida da população. "Nos subúrbios de cidades como Pequim ou Tianjin, há pequenas favelas dedicadas ao desmanche de objetos eletrônicos, e cujo destino final é Guiyu", afirma Choi.
O Governo estuda um projeto de lei para fazer com que os fabricantes de computadores, televisores, refrigeradores, lavadoras e ar condicionados chineses sejam responsáveis pela reciclagem de seus produtos. Essa medida é uma resposta aos pedidos dos ambientalistas, que acreditam que os fabricantes devem assumir a responsabilidade por seus produtos.
No entanto, os ambientalistas afirmam que não haverá solução definitiva sem passos como o dado pela União Européia. O bloco proibiu no ano passado o uso de chumbo, mercúrio, cádmio, cromo hexavalente, bifenóis policromados e éter de bifenol policromado nos aparelhos eletrônicos.
O cenário acima descreve apenas um dos depósitos de lixo que começa a preocupar empresas do setor de tecnologia e informática. O sub-produto da constante inovação do setor são pilhas cada vez maiores de equipamento descartado.
Dell e HP, responsáveis por metade dos PCs vendidos nos Estados Unidos, anunciaram recentemente a utilização de materiais menos agressivos ao meio-ambiente na manufatura de computadores.
Além da preocupação com reciclagem, muitas empresas também têm trabalhado para desenvolver produtos que consumam menos energia. Ao passo que a população mundial se integra cada vez mais rapidamente à informática, se torna mais consciente dos malefícios que o lixo tecnológico pode causar, e lentamente passa a exigir providências das empresas.
A Agência de Proteção Ambiental dos EUA estima que os norte-americanos produziram 2 milhões de toneladas de lixo eletrônico em 2005. Segundo o Instituto de Pesquisa Gartner, 133.000 PCs são descartados diariamente no país. Os números são ainda mais expressivos quando comparados com o índice de reciclagem, próximo dos 15%. O restante acaba em lixões, onde os componentes químicos utilizados em sua fabricação poluem o meio-ambiente.
A maior parte dos países da Europa, a Coréia de Sul e o Japão já tem mecanismos para expandir a reciclagem de eletrônicos. Nos Estados Unidos, o assunto começa a ganhar importância. No Brasil, a discussão ainda é superficial.
Enquanto as empresas de informática iniciam programas para tornar seus equipamentos mais ecologicamente corretos, os ativistas voltam suas atenções para os aparelhos de TV, que tem contribuído de forma crescente para o acúmulo de lixo tecnológico. A transição dos velhos tubos de imagem para telas de LCD tem acelerado o processo.
Formatado e retirado texto de http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1454601-EI4799,00.html